terça-feira, 22 de dezembro de 2015



Um dia eu parei tudo o que eu estava fazendo, puxei uma cadeira para mim mesma e decidi que conversaria com a pessoa mais importante da minha vida: eu. Eu precisei me enxergar de fora, para poder me entender por dentro. Eu troquei aquele sorriso muitas vezes sem sentido, pelo cabelo bagunçado despretensioso. Porque né, ninguém é obrigada. Eu decidi que nada, além do que eu queria no momento em que eu queria, valeria mais do que isso para mim. Eu não deixei ninguém de lado, apenas me fiz ser rainha do meu próprio castelo. Era hora sim de juntar as pedras e construir o meu reino. Os espinhos eu já tratei de plantar ao lado dos outros pés de rosa lá fora. Aliás, você não imagina como meu jardim está florido!
Me perguntaram então qual é o objetivo principal da nossa vida: Casar? Ter filhos? Cachorros? Uma casa linda? Família de propaganda de margarina? Uma conta bancária com 10 dígitos? Não minha gente, o objetivo verdadeiro dessa vida é apenas um: ser feliz! A sua felicidade vem acompanhada de um namorado? Então namore! Ela mora dentro de um carrão? Então lute e compre o seu! Agora vou te dar um conselho: se a sua felicidade depende de qualquer coisa que você não consiga fazer sozinha, você está no caminho errado. A vida é maravilhosa a dois, mas primeiro ela precisa ser incrível sozinha.
Colocar a sua felicidade na mão de uma pessoa só seria correr risco demais para uma vida tão perfeita quanto essa que temos. Perfeita nos nossos erros, acertos, tropeços e batalhas diárias. Se alguém te disser que você não vai conseguir, pode ter certeza que você conseguirá. Se alguém disser que você não merece, é aí que você vai merecer de verdade. Toda essa gente que vive gorando o outro só tem uma razão de ser: é infeliz. Depois de horas conversando comigo mesma eu decidi que era hora de recolher as cadeiras, guardar os livros que já escrevi e ir até a livraria comprar mais alguns tantos de folhas em branco. A vida só pode ser realmente maravilhosa a partir do momento que você aponta o lápis e decide que é hora de escrever novas histórias. Bom, então eu só posso te dizer; boa sorte para nós!

By Vittamina 





Se falar sozinho é um certo tipo de loucura, vem cá que temos muito o que conversar. Tantas vezes eu preferi falar comigo mesma do que com outro alguém, que em certo momento duvidei da minha própria capacidade de me relacionar. Quem sabe até de ser alguém interessante para uma conversa de beira mar. Não era falta de vontade de ouvir o outro, era só vontade de me entender um pouco melhor. Eu sei que a maior loucura mesmo é tentar me decifrar, me entender. Eu nunca fui dessas muito compressivas, passivas, altruístas. Deixa que na minha própria loucura eu mesma me entendo. E eu te pergunto: nesse mundo de desafetos, exageros e rejeitos; quem às vezes não prefere fingir que vive em outro mundo?


Eu gosto de encontrar gente que fala a minha língua. Sentar na beira do mar só para fingir que sou só mais um grão de areia no meio daquele infinito: sou dessas. Se quiser me convidar para escutar a chuva deitada na sacada do apartamento no escuro em um domingo à noite, nem precisa pensar duas vezes: já estou lá. Um hambúrguer naquela esquina charmosa com mesa de madeira e coca na garrafa de vidro tem minha cara. Talvez esse meu jeito desapegado seja só uma forma de dizer ao mundo que estou aqui só de passagem, esperando cruzar com muitas almas boas e iluminadas nesse lugar que às vezes vive na penumbra do ser humano de sangue gelado.

Caí aqui sem querer, como se tivesse comprado por acaso uma passagem de vida sem volta. Exatamente por isso eu não vivo por expectativas nem sobrevivo pela dependência de alguém. Eu me basto. Eu me completo. Sou daquelas que dispensa inveja, olho gordo e acha a maior besteira o tal do recalque. Esse tipo de coisa não tem vez no meu dia a dia de cabelo despenteado e rímel borrado. Não ligo. Minha alma tem um ímã com coisas boas. Mesmo que você me faça algum mal, eu sempre vou te fazer um bem. Não significa que sou boba, significa apenas que eu não me importo com mal nenhum. Aqui só coisas boas tem passagem livre; quer tentar?


By Vittamina 

sexta-feira, 30 de outubro de 2015




AO AMOR DA MINHA VIDA QUE AINDA NÃO CONHECI…



Você ainda não sabe quem eu sou, tão pouco eu te conheço, mas veja bem, estamos sob o mesmo céu, porém em estradas distintas, uma hora dessas a gente se esbarra.

Eu ando aqui, trilhando meu caminho e buscando direções que possam me levar ao meu destino ideal, sem me esquecer de enxergar a felicidade em cada passo ao longo desse caminho. E sei que tu andas por aí, fazendo o mesmo.

Não sei que cor tem seus olhos, seus cabelos e nem sua pele. Não sei qual é tua comida preferida. Não sei quais são as bandas que tu escuta. Não sei onde gostas de ir. Não sei qual esporte tu pratica ou se és sedentário. Não sei qual religião tu segues ou se assim como eu, acreditas apenas em Deus, e só.

Não sei qual é tua profissão ou se ainda não descobriu o que de fato amas fazer. Não conheço teus sonhos, teus desejos, tuas alegrias e tuas certezas. Não conheço teus medos, teus defeitos, tuas angústias e tuas tristezas. Não conheço teu melhor sorriso e nem teu pior pranto. A única coisa que eu sei a respeito de ti é que assim como eu, és apaixonado pela vida. E isso é tudo que sempre esperei de um amor: que ele ame viver.

Infelizmente, o mundo está cheio de casais que estão juntos por puro comodismo. Entram e permanecem em um relacionamento pelo simples fato de não quererem ficar só ou pior ainda: não conseguirem. A sociedade tenta nos pregar praticamente desde o berço, que é preciso casar e ter filhos. Como se fosse impossível alcançarmos o sucesso sem isso.



Como se fossemos incapazes de encontrar a tão sonhada felicidade sem constituirmos a nossa própria família. Como se esta fosse a receita perfeita para nos darmos ‘’bem na vida’’ e que sem isso estaríamos fadados ao fracasso. Como se existisse uma receita perfeita. Pior perda de tempo de nossas vidas é acreditarmos nessa asneira. A nossa felicidade não depende e jamais deveria depender de outrem.

Por isso irei contar-te um segredo: já ansiei desesperadamente por tua chegada, no auge da minha adolescência fantasiosa, eu acreditava piamente que só poderia ser feliz quando te encontrasse, sim, acreditava naquela história de metades da laranja, tampa da panela e toda essa ladainha que a sociedade nos impõe. Achava que precisava de ti para me completar e para dar sentido à minha vida.

Coisa boa que a gente cresce né?! Dei-me por conta de que nasci sozinha e assim morrerei, sou inteira, não existe alguém que possa me completar a não ser eu mesma, pois tudo que me falta, de um jeito ou de outro, encontro aqui dentro de mim mesma. E isso será sempre assim.

E isso, eu também sei sobre você, você também é inteiro. Quando então – e se – nossas estradas virarem uma só, isso acontecerá não para que sejamos felizes, pois já somos mesmo sem nos conhecermos. Nossos caminhos se encontrarão para que possamos compartilhar toda essa nossa alegria e vontade de viver a vida, aproveitando cada dia ao máximo.

Tu não serás a parte que faltava em mim, e nem eu a que faltavas em ti, não somos um quebra-cabeça. A gente será um na vida do outro, não uma necessidade e sim uma escolha.

Escolha ser feliz em número par mesmo já sendo incrivelmente feliz em número impar.

________

Por: Thais Packs

domingo, 18 de outubro de 2015







"Nem sempre a vida é linda. Nem sempre a vida é boa. Nem sempre estamos bem. Aqui não costumo postar só felicidade não, apenas tento levar pra um lado leve e engraçado o dia a dia, senão a gente cai mesmo, e cai bonito. A manha de se reinventar poucos tem. Quando passo alguma fase onde nada anda, onde tudo dá errado, costumo me lembrar que já passei piores. E sobrevivi. Sou uma sobrevivente. Costumo me lembrar de que de repente tudo começa a andar. Melhor e mais bonito. A fas...e ruim tem que chegar pra que a gente possa abrir os olhos. Reconhecer as alegrias das pequenas coisas, as pessoas certas. Para clarear as nossas decisões, nos colocar na realidade. Realidade! Porque sonho todo mundo tem, e sonho é lindo! Mas chega uma hora em que é preciso os dois pés no chão para que a gente não viva só deles. Eu quero um mundo real. Sorrir eu sorrio mesmo. Vou sorrir sempre. A vida não é fácil, não está fácil pra mim, nem pra ninguém. Mas não posso nem quero deixar de sorrir. Tenho o dom. Nasci com ele. E com outro, melhor ainda, nasci com o dom de acreditar. Não, não está fácil, mas eu sei, aqui dentro, com toda fé e toda força, que vai melhorar. Vamos vivendo que um dia lá na frente, a gente vai olhar pra trás e entender que tudo faz sentido."


Virgínia Mello

sexta-feira, 25 de setembro de 2015


 


"Pessoas vão embora de todas as formas: vão embora da nossa vida, do nosso coração, do nosso abraço, da nossa amizade, da nossa admiração, do nosso país. E, muitas a quem dedicamos um profundo amor, morrem. E continuam imortais dentro da gente. A vida segue: doendo, rasgando, enchendo de saudade... Depois nos dá aceitação, ameniza a falta trazendo apenas a lembrança que não machuca mais: uma frase engraçada, uma filosofia de vida, um jeito tão característico, aquela peculiaridade da pessoa. Mas pessoas vão embora. As coisas acabam. Relações se esvaem, paixonites escorrem pelo ralo, adeuses começam a fazer sentido. E se a gente sente com estas idas e também vindas, é porque estamos vivos. Cuidemos deste agora. Muitos já se foram para nos ensinar que a vida é só um bocado de momento que pode durar cem anos ou cinco minutos. E não importa quanto tempo você teve para amar alguém, mas o amor que você investiu durante aquele tempo. Segundos podem ser eternidades... ou não. Depende da ocasião."


Marla de Queiroz

quarta-feira, 23 de setembro de 2015







Diminuo o peso da bolsa, o tamanho do prato, as horas brigando. Se o papo não agrada, corto no meio - "licença, preciso ir".
Edito meu dia pra não sobrecarregar ninguém com a parte inútil, falo apenas o necessário. Contenho o impulso e seleciono as palavras, poupo minhas percepções para o único interessado: eu mesmo. Guardo no bolso parte do meu orgulho e aceito que não acerto sempre. Diminuo a quantidade de passos e me dou o direito de parar se achar que vale uma pausa. Me p...ermito escolher só o que terá utilidade e a carregar só o que vai me servir. Essa opinião não me serve, essa mágoa não adianta, essa dor já sarou - "obrigado pela companhia, mas já pode sair de mim".


Se tudo é bagagem pra vida, depois de carregar muitos "por que não?", me dou o direito de escolher a minha: só levo se for leve."

- Fernanda Gaona

domingo, 14 de junho de 2015



“Acredita-se que pensar positivo leva a uma vida mais feliz e saudável. Quando crianças, nos dizem para sorrirmos, sermos alegres e mostrar um rosto feliz. Quando adultos, nos dizem para olhar pelo lado bom, para fazermos limonada e vermos os copos como quase cheios. Às vezes, realidade pode tentar nos impedir de ficarmos alegres. Maridos falham, namorados podem trair, amigos podem te deixar na mão. É nesses momentos, quando quer torná-los reais, largar os joguinhos e ser verdadeiro.
[…]
Pergunte às pessoas o que querem da vida, a resposta é simples – ser feliz. Talvez seja essa expectativa querer ser feliz que nos impede de sermos felizes. Talvez quanto mais tentamos ficar em estado de alegria, mais confusos ficamos – até não nos reconhecermos mais. Ao invés disso, continuamos sorrindo, tentando ser as pessoas felizes que queríamos ser. Até que cai a ficha, sempre esteve lá não em nossos sonhos e esperanças, mas no conhecido, o confortável, o familiar.”


6.22
Grey's Anatomy

domingo, 7 de junho de 2015




Querendo ou não, iremos todos envelhecer. As pernas irão pesar, a coluna doer, o colesterol aumentar. A imagem no espelho irá se alterar gradativamente e perderemos estatura, lábios e cabelos. A boa notícia é que a alma pode permanecer com o humor dos dez, o viço dos vinte e o erotismo dos trinta anos.
Erótica é a alma que se diverte, que se perdoa, que ri de si mesma e faz as pazes com sua história. Que usa a espontaneidade pra ser sensual, que se despe de preconceitos, intolerâncias, desafetos. Erótica é a alma que aceita a passagem do tempo com leveza e conserva o bom humor apesar dos vincos em torno dos olhos e o código de barras acima dos lábios; erótica é a alma que não esconde seus defeitos, que não se culpa pela passagem do tempo. Erótica é a alma que aceita suas dores, atravessa seu deserto e ama sem pudores...

__ Fabíola Simões