sábado, 24 de setembro de 2011

Piruá


"Sabe aquele milho que sobra na panela e se recusa a virar um floquinho branco, macio e alegre? Se chama piruá.
Tem muita gente piruá neste planeta. Gente que não reage ao calor, que não desabrocha. Fica ali, duro, triste, inútil pro resto da vida. Não cumpre sua sina de revelar-se, de transformar-se em algo melhor. Não vira pipoca, mantém-se piruá. E um piruá emburrado, que reclama que nada lhe acontece de bom.
Pois é... perdeu a oportunidade de entregar-se ao fogo, tentou se preservar, danou-se.
Com isso quero mostrar para aqueles que têm vocação para piruá, que o importante na vida é reagir às emoções e não se manter frio, fechado, feito um grão de milho que não honrou seu destino."

((Martha Medeiros))

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Confusões e Confissões


"Durante muito tempo me envolvi com caras errados. E vivia reclamando da minha falta de sorte. Fazia tudo certo, seguia à risca os conselhos furados de revistas toscas, reunia as amigas e debatia minha pobre vida amorosa em mesas de bar.

Fiz terapia. Fiz confusão. Fiz coisas que é melhor nem contar para você.  Mas fiz. Não dá pra gente renegar o passado e as atitudes que tivemos. Eu queria ser amada. Pelo amor de Deus, toda mulher quer ser amada, valorizada, respeitada, admirada.

Não basta você ter um emprego bacana e um apartamento legal. Não basta ter uma família que te ama e te quer bem. Não basta ter amigos que estão com você para o que der e vier. Toda mulher quer um amor que saia direto da tela do cinema para a vida real. A gente sabe que isso não existe, mas não custa querer, não custa tentar...

Eu queria um cara perfeito. Adoro listas. Faço lista de supermercado, lista das coisas que não posso esquecer, listas mentais. Na minha lista o cara era engraçado, romântico, educado, simpático, bonito, alto, moreno. E eu encontrei vários assim. Só esqueci de fazer uma lista com o que o cara não-podia-ser-e-ter. Porque existem muitos caras engraçados, românticos, educados, simpáticos, bonitos, altos, morenos, escrotos, canalhas, imbecis, mulherengos e trouxas. É ou não é? Mas a gente só vai conhecendo os defeitos com o passar do tempo, pois em um primeiro momento todo mundo é legal e mostra seu lado mais bonito e sedutor.

Me envolvi com homem complicado, com homem confuso, com homem medroso, com homem canalha. E não entendia o motivo. Lá pelas tantas, fui obrigada a discutir a relação comigo mesma. Ei, será que não estou atraindo homens assim? Será que inconscientemente não procuro exatamente esses homens que têm tudo para dar errado por medo de ter ao menos uma vez na vida uma relação saudável e madura? Será que não tenho um imã que atrai os bundões por puro medo de me envolver de verdade? Será que eu não estou me boicotando?

Tem gente que vem com um carimbo imaginário na testa escrito “encrenca”. Eu só conhecia “encrencas”. E me metia em histórias que já sabia o final. Era confortável pra mim. O fim chegava, eu me acabava de chorar, mas uma vozinha dizia tudo-bem-a-gente-sabia-que-não-ia-dar-certo.

A gente se boicota o tempo todo. Até que um dia resolve dar um basta. Chega. Chega disso na minha vida. Chega de tentar cuidar das pessoas. É que normalmente eu me atraía por homens carentes, bobinhos, que precisavam de “cuidado”. Só que eu também preciso de cuidado. E pra poder cuidar de alguém a gente tem que se cuidar. Só que eu não conseguia tomar conta de mim. Queria dar tudo que eu tinha para os outros. Por isso, “resolvia” o relacionamento de todas as minhas amigas, até mesmo dos meus pais. Explico: eu sempre achei legal um casal trocar presentes no Dia dos Namorados. Meus pais, casados há milênios, não se davam nada na data. Por isso, eu comprava um presente pra minha mãe dar para meu pai e outro pra ele dar para minha mãe. Com direito a cartãozinho e tudo mais. Até que um dia me dei conta: tenho que cuidar da minha vida, de mim. E mesmo que não tenha um relacionamento com outra pessoa, tenho um relacionamento comigo, com meus sentimentos, com meus anseios, com meu espelho. Isso é muito importante.
Parei de tentar me destruir. Resolvi evitar tudo que me causasse sofrimento. Se o cara era interessante e eu sentia que era furada simplesmente caía fora. O mais rápido possível. Não tem sentido a gente se envolver sabendo que vai se ferrar. É claro que nada é definitivo. É claro que muitas relações que têm tudo pra dar errado podem dar certo. Podem. Mas quando tudo, absolutamente tudo, conspira para um fim trágico é melhor a gente se proteger. Pode parecer clichê, mas quer saber? Se for para dar certo vai dar. Cedo ou tarde. Sem boicote..."

Clarissa Correa





terça-feira, 13 de setembro de 2011

Para refletir...


"Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo - expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar - caem diante da morte, deixando apenas o que é importante. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Voce já está nu. Não há razão para não seguir seu coração".


Steve Jobs

domingo, 11 de setembro de 2011





‎"Creio que fui abençoada com um coração gigantesco e, em contrapartida, com um pavio bem curto, são os ápices que me mantém em pé!!!"

Martha Medeiros

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Feliz por nada!




Geralmente, quando uma pessoa exclama Estou tão feliz!, é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada.

Digamos: feliz porque setembro recém começou e temos longos meses para fazer de 2011 um ano memorável. Feliz por estar com as dívidas pagas. Feliz porque alguém o elogiou. Feliz porque existe uma perspectiva de viagem daqui a alguns meses. Feliz porque você não magoou ninguém hoje. Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo mais acolhedor do que sua cama.

Esquece. Mesmo sendo motivos prosaicos, isso ainda é ser feliz por muito.

Feliz por nada, nada mesmo?

Talvez passe pela total despreocupação com essa busca. Essa tal de felicidade inferniza. "Faça isso, faça aquilo". A troco? Quem garante que todos chegam lá pelo mesmo caminho?

Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o dos outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. Não estando "realizado", também. Estando triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é calma. Consciência. É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto, é ficar debochadamente assombrado consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer comigo? Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo.

Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem.

Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre. Adequação e liberdade simultaneamente? É uma senhora ambição. Demanda a energia de uma usina. Para que se consumir tanto?

A vida não é um questionário de Proust. Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria. Que mania de se autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem-intencionado e que muda de opinião sem a menor culpa.

Ser feliz por nada talvez seja isso.
:D


domingo, 4 de setembro de 2011

Procura-se!




Eu procuro um amor que ainda não encontrei
Diferente de todos que amei
Nos seus olhos quero descobrir uma razão para viver
E as feridas dessa vida eu quero esquecer
Pode ser que eu a encontre numa fila de cinema,
Numa esquina
Ou numa mesa de bar. 

Procuro um amor que seja bom pra mim
Vou procurar, eu vou até o fim
E eu vou tratá-lo bem
Pra que ele não tenha medo
Quando começar a conhecer os meus segredos

Eu procuro um amor, uma razão para viver
E as feridas dessa vida eu quero esquecer
Pode ser que eu gagueje sem saber o que falar
Mas eu disfarço e não saio sem ele de lá

Eu procuro um amor
Que seja bom pra mim
Vou procurar, eu vou até o fim...


FREJAT
"Segredos"





quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Experimente!!


"Gosto do que é diferente... gosto de sair da rotina, não me agrada o que é repetitivo, monótono e comum.
 Mudo de caminho, mudo de shampoo, mudo de assunto e isso só me faz bem. 
Tenha vários comportamentos, de acordo com a ocasião e com as companhias, mas sem deixar de ser eu ;)
 É afirmado pelos psicólogos, que mudar de hábito faz bem para a memória. 
E tudo que faz bem para a mente, reflete no corpo e na alma.
Por isso as pessoas que ''não envelhecem'' facilmente, são as mais alegres consigo e com as pessoas ao seu redor. Experimente!"





[Borboletando]