quinta-feira, 30 de janeiro de 2014



“Pelo menos uma vez na vida experimente ir além da neblina. Passe por entre as árvores e sinta o cheiro de frescor no orvalho, sinta a brisa de uma manhã nublada de domingo. Permita-se ir além daquela parada de ônibus e observar as construções à sua volta, mastigar suas características, e mesmo que não faça ideia a que ano elas pertençam apenas admire. Pelo menos uma vez permita-se acreditar no sonho impossível de acordar às 4:30 e ir rumo a praia, mesmo que sozinha, para ver o sol nascer. Contemple. Permita-se sentir dó de um bichinho abandonado a ponto de ter coragem e leva-lo para casa e lhe oferecer um amor e cuidado incondicional, daqueles que não existe por humanos. Aliás, permita-se amar alguém incondicionalmente, sua mãe, seu pai, irmão, avó, namorado, seja lá quem for, permita-se amar acima de qualquer coisa, acima da desconfiança, da dor, da mágoa, das lágrimas. Talvez só assim, quando você se permitir fazer as coisas mais simples que parecem tão difíceis, talvez, você poderá dizer que viveu.”


Identidade Poética

sábado, 25 de janeiro de 2014







Minha indecisão se limita entre escolher ''chocolate branco ou ao leite'', ''vermelho ou branco".
 No que diz respeito a decisões pertinentes a condução da minha vida, aos meus sentimentos, desejos e prazeres, meu amigo, toda indecisão desaparece. Porque aprendi, de uma vez por todas, que sou completamente responsável pelo que permito que a vida (e as pessoas) fazem comigo. Pra quem ''tanto faz'', o que vier é lucro, e pra mim lucro mesmo é só quando vem pra me tirar do eixo!




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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014






"E existem aquelas pessoas, que por mais distantes que estejam, ainda continuam perto…

Algumas vezes eu fiz muito mal para pessoas que me amaram. Não é paranóia não. É verdade. Sou tão talvez neuroticamente individualista que, quando acontece de alguém parecer aos meus olhos uma ameaça a essa individualidade, fico imediatamente cheio de espinhos - e corto relacionamentos com a maior frieza, às vezes firo, sou agressivo e tal. É preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso.

O médico perguntou:
— O que sentes?
E eu respondi:
— Sinto lonjuras, doutor. Sofro de distâncias.

Tem horas que eu me perco sem você aqui, aí eu lembro: tá tão longe de mim. E o meu coração grita: mas tá aqui dentro.

Existem aquelas pessoas que por mais distantes que estejam, ainda continuam perto. Aquelas que, passe o tempo que for, serão sempre lembradas por algo que fizeram, falaram, mostraram e nos fizeram sentir. É isso: as pessoas são lembradas pelos sentimentos que despertaram em nós. Quanto maior o sentimento, maior se torna a pessoa.

E a primeira vez que a gente se encontrar, vou pedir para o relógio do mundo dar uma paradinha, só pra esticar esse tempo de abraço que fez meu coração pulsar de um jeito que jamais nenhum outro fará.

Nenhuma luta haverá jamais de me embrutecer, nenhum cotidiano será tão pesado a ponto de me esmagar, nenhuma carga me fará baixar a cabeça. Quero ser diferente. Eu sou. E se não for, me farei.

Eu não quero saber onde você mora. Desde que você saiba o caminho da minha casa. Eu não quero saber quanto você ganha. Quero saber se ganha o dia quando está comigo

Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada ‘impulso vital’. Pois esse impulso ás vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como ‘estou contente outra vez’.

Seria apenas mais uma história, se não tivesse tocado a alma.

Ando com uma vontade tão grande de receber todos os afetos, todos os carinhos, todas as atenções. Quero colo, quero beijo, quero cafuné, abraço apertado, mensagem na madrugada, quero flores, quero doces, quero música, vento, cheiros, quero parar de me doar e começar a receber."

Caio F Abreu

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014










O tempo continua indo...
Mas aqui dentro, as coisas estão iguais.Tenho pensado nas inúmeras formas de te falar, sem que o que eu diga esteja preso no que foi ou que minha insegurança disperse aquele momento...(Quero que tudo aconteça naturalmente).Quando você chegar, vou comentar a saudade, beijar teu rosto de leve e sentir teu cheiro. E sem que a gente diga, a lembrança percorrerá sobre tudo o que trocamos a distância (carinhos em noites de ausência). Só quero poder estar ao teu lado, sem que nada seja tão preciso. Mas se teu olhar sobre mim silenciar aquele instante; se o calor do teu desejo entender o meu, vou entregar um sorriso que é só teu. E ainda que nada mude. Mesmo que não seja o tempo, não desisto da certeza que tenho mantido: Você é meu complemento. Sempre. Será. Tem sido.



Patty Vicensotti