sexta-feira, 25 de setembro de 2015


 


"Pessoas vão embora de todas as formas: vão embora da nossa vida, do nosso coração, do nosso abraço, da nossa amizade, da nossa admiração, do nosso país. E, muitas a quem dedicamos um profundo amor, morrem. E continuam imortais dentro da gente. A vida segue: doendo, rasgando, enchendo de saudade... Depois nos dá aceitação, ameniza a falta trazendo apenas a lembrança que não machuca mais: uma frase engraçada, uma filosofia de vida, um jeito tão característico, aquela peculiaridade da pessoa. Mas pessoas vão embora. As coisas acabam. Relações se esvaem, paixonites escorrem pelo ralo, adeuses começam a fazer sentido. E se a gente sente com estas idas e também vindas, é porque estamos vivos. Cuidemos deste agora. Muitos já se foram para nos ensinar que a vida é só um bocado de momento que pode durar cem anos ou cinco minutos. E não importa quanto tempo você teve para amar alguém, mas o amor que você investiu durante aquele tempo. Segundos podem ser eternidades... ou não. Depende da ocasião."


Marla de Queiroz

quarta-feira, 23 de setembro de 2015







Diminuo o peso da bolsa, o tamanho do prato, as horas brigando. Se o papo não agrada, corto no meio - "licença, preciso ir".
Edito meu dia pra não sobrecarregar ninguém com a parte inútil, falo apenas o necessário. Contenho o impulso e seleciono as palavras, poupo minhas percepções para o único interessado: eu mesmo. Guardo no bolso parte do meu orgulho e aceito que não acerto sempre. Diminuo a quantidade de passos e me dou o direito de parar se achar que vale uma pausa. Me p...ermito escolher só o que terá utilidade e a carregar só o que vai me servir. Essa opinião não me serve, essa mágoa não adianta, essa dor já sarou - "obrigado pela companhia, mas já pode sair de mim".


Se tudo é bagagem pra vida, depois de carregar muitos "por que não?", me dou o direito de escolher a minha: só levo se for leve."

- Fernanda Gaona